Bela e formosa donzela,
O casamento a transformou,
De dia, prendas do lar,
Na noite, mariposa do bar.
Seus afazeres do
dia,
Tinha muita determinação,
Carinho e muito cuidado,
Demonstrava sua afeição.
Seu esposo dedicado,
No trabalho concentrado,
Nem imaginava na esposa,
A grande transformação.
Os dias se transcorriam,
Até que um amigo falou:
De dia sua esposa é dama,
A noite é a mariposa na lama.
Seu coração apertou, não podia acreditar,
Resolveu tirar a limpo, um disfarce elaborou,
No encontro com a mariposa,
A sua esposa, encontrou.
Os dias foram passando,
E seu amor aumentou,
Pela esposa meiga e bela,
Do seu amor, nada sobrou.
Enfeitiçado de amor,
Por essa dama malvada,
Em uma briga, ele entrou,
Mas quem levou a facada
Foi a mariposa da noite.
Que na calçada ficou.
Na triste lápide, os dizeres:
“Descanse em paz, amada
lady,
seu esposo, por ti chora”,
Enquanto na terra fria,
a mariposa da noite,
permaneceu na poesia!
Inêz Lourenço
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