terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Contradição


Contradição

O brilho do sol refletia,
Na donzela contagiante,
Transformando-se em magia,
Seu olhar de debutante!

Das gazelas a mais bela,
Conquistou seu coração,
Transformando-o em escravo,
Na mais tenra paixão!

Assim os dias passaram,
Sua esposa a tornou,
Unindo-se de corpo alma,
Na doçura do amor!

Mas a verdade chegou,
Com a mais triste amargura,
Da Lady dama do dia,
A mariposa ao luar!

A duplicidade da vida,
Seu coração amargou,
Seguindo a dama da noite,
Dos  vícios  se apoderou!

Aquela que era calma,
Na cama não lhe interessava,
Queria o furacão da noite,
Que ao êxtase o transportava!

As duas mulheres a mesma,
Não poderiam se encontrar,
Uma era a luz do dia,
A outra  a luz do  luar!

Na paixão cega e infame,
O  ciúme apoderou-se,
Essa dama me pertence,
Se afaste do meu amor!

Entre tapas e empurrões,
Uma faca apareceu,
Ferindo a dama da noite,
Que na sarjeta adormeceu!

Na lápida fria os dizeres:
“Descansa  bela donzela,
Considerei a mais bela!”
A mariposa da noite, só restou à terra fria,
Seu nome no esquecimento? Não! Permaneceu na poesia!

Inêz lourenço

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